Front-end: o que faz, quanto ganha e como começar na área

09/07/2025
• Atualizado em 9 de julho de 2025
Mulher sentada a mesa usando um notebook.
Front-end une criatividade e tecnologia para construir interfaces digitais

 

Você já parou para pensar em quem cria os sites e aplicativos que usamos todos os dias? Do botão que você clica para fazer uma compra até o menu de um app de entregas, tudo isso passa pelas mãos de quem trabalha com front-end.

Essa área da tecnologia é responsável por desenvolver tudo aquilo com que as pessoas interagem em uma interface digital. Por ser um setor amplo, com alta demanda e que valoriza a experiência prática, o front-end é uma das portas de entrada mais acessíveis para quem quer começar a programar. Neste artigo, vamos  explicar a você de forma prática o que é o front-end, o que faz uma pessoa desenvolvedora dessa área, quanto ela pode ganhar e, principalmente, como dar os primeiros passos na carreira.  Acompanhe!

O que é front-end?

Front-end é a parte do desenvolvimento responsável por tudo o que aparece na tela quando acessamos um site ou aplicativo. É o que torna possível interagir com uma plataforma: clicar, rolar a página, assistir a um vídeo e preencher um cadastro.

Ou seja, a pessoa desenvolvedora front-end é quem transforma o design de um site em algo real, funcional e acessível para quem usa.

Para isso, ela escreve códigos em linguagens como HTML, CSS e JavaScript, que, juntas, ajudam a estruturar, estilizar e dar vida à interface.

Quais são as principais responsabilidades de um desenvolvedor front-end?

Quando falamos em front-end, estamos nos referindo a uma área que vai muito além da aparência de um site.

O trabalho desse profissional envolve garantir que tudo funcione bem para quem está navegando, oferecendo uma experiência agradável, eficiente e conectada com outras ferramentas. A seguir, explicamos as principais responsabilidades de quem atua nessa área.

Criação de interfaces responsivas

Uma das tarefas mais importantes do front-end é desenvolver interfaces que se adaptem a diferentes tamanhos de tela, como celulares, tablets ou computadores.

Isso é conhecido como design responsivo e tem um papel essencial na acessibilidade e usabilidade dos sites e aplicativos.

Afinal, cada vez mais pessoas acessam conteúdos pelo celular, e é fundamental que tudo funcione corretamente em qualquer dispositivo.

Otimização da experiência do usuário (UX)

Outro ponto central do trabalho em front-end é garantir que a navegação seja clara, fluida e intuitiva.

Para isso, é preciso cuidar de elementos como botões, textos, cores e menus, sempre com foco no conforto e na compreensão de quem vai utilizar a interface.

Essa atenção à jornada da pessoa usuária é o que chamamos de UX (user experience) e tem um papel fundamental na hora de engajar e manter quem acessa a plataforma.

Integração com APIs e serviços externos

O trabalho em front-end vai além da aparência e da usabilidade. Também faz parte da função conectar a interface a outros sistemas e serviços por meio das chamadas APIs — sigla para Application Programming Interface, ou Interface de Programação de Aplicações.

Explicando de forma simples, APIs funcionam como pontes que permitem a troca de informações entre diferentes plataformas.

Com esse recurso, é possível puxar dados de formulários, exibir informações em tempo real — como a previsão do tempo — ou integrar funcionalidades de redes sociais.

Essas conexões ampliam as possibilidades do site ou app e ajudam a criar experiências mais completas, interativas e úteis para quem acessa.

Quanto ganha um desenvolvedor front-end?

No Brasil, os salários para pessoas desenvolvedoras front-end começam em R$ 3.000 e podem ultrapassar os R$ 10.000 por mês.

Ou seja, esses valores podem variar bastante de acordo com fatores como localização, tipo de vaga, experiência e domínio de ferramentas específicas.

Nos próximos tópicos, explicaremos melhor como esses aspectos influenciam os salários. Continue a leitura!

Faixa salarial por nível de experiência

Para entender melhor como os salários costumam evoluir ao longo da carreira, vale conferir as faixas médias de remuneração de acordo com o nível de experiência, segundo o Glassdoor:

  • Júnior: entre R$ 3.000 e R$ 4.000 por mês;
  • Pleno: de R$ 5.000 a R$ 8.000;
  • Sênior: acima de R$ 10.000.

Além do tempo de atuação na área, outras variáveis também influenciam esses valores, como domínio de ferramentas específicas, fluência em inglês e participação em projetos com tecnologias mais avançadas.

Por isso, é fundamental estar em constante aprendizado, pois esse é um dos caminhos mais seguros para conquistar melhores oportunidades e avançar profissionalmente.

Variações salariais por região e tipo de contratação

Em grandes metrópoles, os salários costumam ser mais altos, especialmente onde há maior concentração de empresas de tecnologia. 

Além disso,  as vagas com modelo de trabalho remoto podem oferecer remunerações ainda melhores, já que permitem atuar para empresas de diferentes regiões ou até mesmo do exterior.

O formato de contratação, como CLT ou PJ, também influencia nos valores pagos, podendo gerar diferenças significativas na remuneração. 

Como migrantes e refugiados podem começar na área de front-end?

A tecnologia é uma área que valoriza a prática e a dedicação, o que abre espaço para quem está recomeçando a vida em outro país e busca novas oportunidades. E a boa notícia é que dá para começar do zero! A seguir, apresentamos os caminhos para isso.

Formação e cursos recomendados

Existem diversas formas de entrar na área de front-end. Uma delas é cursar uma faculdade em tecnologia, se especializar por meio de disciplinas e buscar um estágio na área. Entretanto, embora o diploma possa ser um diferencial, ele não é obrigatório para ingressar no mercado de trabalho. 

A faculdade nem sempre é acessível para todos, seja pelo custo, pela documentação exigida ou pelo tempo de duração, que costuma ser de 4 a 5 anos. Embora seja uma opção válida, existem caminhos mais rápidos e acessíveis, como as capacitações profissionalizantes que diversas instituições oferecem e preparam o estudante para o dia a dia de trabalho. 

Um exemplo é a Toti Diversidade, que oferece um Programa de Carreira gratuito para pessoas migrantes e refugiadas interessadas em tecnologia. A metodologia da Toti é adaptável, atendendo tanto quem está começando do zero quanto quem já tem algum conhecimento na área. Além da parte técnica, os estudantes desenvolvem habilidades socioemocionais, recebem apoio na elaboração do currículo e orientação para se preparar para entrevistas de emprego. 

Desenvolvimento de portfólio prático

Um bom portfólio mostra o que você já sabe fazer. Mesmo projetos simples contam muito, como um site pessoal, uma página de currículo interativa ou uma calculadora online.

O importante é praticar, criar e organizar seus projetos em uma plataforma como o GitHub.

Participação em comunidades e eventos de tecnologia

Estar perto de outras pessoas que também estão aprendendo ou já atuam na área faz muita diferença.

Existem diversas comunidades de tecnologia que promovem eventos e espaços de troca, como a Devs Sem Fronteiras e a perifaCode. A Comunidade Toti também é um exemplo importante: oferece mentorias, grupos de apoio, cursos livres, oportunidades de networking e um ambiente seguro para troca de experiências entre estudantes e profissionais da área.

Linguagens de programação fundamentais

O ponto de partida para quem quer trabalhar com desenvolvimento front-end é aprender três linguagens que se complementam e formam a base de qualquer página web:

  • O HTML é responsável pela estrutura da página, como se fosse a fundação de uma casa. Ele define os blocos de conteúdo, como os títulos, parágrafos, imagens, menus e muito mais.
  • Já o CSS entra para dar estilo. É com ele que você define cores, tamanhos, fontes, espaçamentos e deixa tudo com a aparência adequada para quem vai usar.
  • Por fim, o JavaScript traz vida e interatividade. Ele permite, por exemplo, que botões funcionem, que formulários sejam enviados, que menus se abram ou que elementos mudem de lugar sem precisar recarregar a página.

Essas três linguagens são essenciais para criar experiências completas e funcionais na web — e o melhor é que você pode ir aprendendo uma de cada vez, no seu ritmo.

Frameworks e bibliotecas populares

Depois que você estiver mais confortável com o básico, vale começar a explorar ferramentas que facilitam a escrita de código e ajudam a construir projetos com mais rapidez.

Frameworks e bibliotecas como React, Vue.js e Bootstrap são muito usadas no mercado e permitem reaproveitar componentes, organizar melhor o projeto e entregar resultados de forma mais eficiente

Você não precisa começar por elas, mas incluí-las na sua jornada de aprendizado pode abrir muitas portas.

Tanto as linguagens de programação quanto essas ferramentas geralmente são ensinadas em capacitações, caso você opte por uma.

Ferramentas de versionamento e colaboração

Por fim, é importante saber como organizar seus códigos e trabalhar de forma colaborativa. Com o Git, você consegue acompanhar as mudanças feitas no projeto e voltar para versões anteriores, se precisar.

Já o GitHub funciona como uma vitrine: é lá que você pode guardar seus projetos, mostrar seu portfólio para o mundo e até contribuir com outros desenvolvedores.Com o tempo, essas ferramentas vão se tornar parte natural da sua rotina. E o mais importante é lembrar que ninguém começa sabendo tudo, o que faz diferença é a prática constante e a vontade de aprender.

Toti oferece formações profissionalizantes em front-end

A Toti Diversidade disponibiliza formações gratuitas para refugiados e migrantes em áreas como front-end, back-end, full stack, análise de dados, UX/UI, entre outras. As formações atendem tanto pessoas que estão começando do zero quanto aquelas que já têm algum conhecimento na área.

Geralmente, as capacitações duram de 2 a 5 meses e englobam conteúdos práticos que combinam o aprendizado técnico com o desenvolvimento de projetos reais. Durante a formação, os estudantes têm a oportunidade de fazer networking com outros profissionais, além de receberem orientações para a elaboração de currículo e entrevistas de emprego.

Conheça o Programa de Carreira da Toti

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